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Foto do escritorMikaella Paiva

Divulgação científica

O Cerrado apresenta uma grande biodiversidade vegetal e animal. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o bioma ocupa 23,9% do território brasileiro, enquanto o site do Governo do Distrito Federal afirma que são 11.627 espécies de plantas, 199 espécies de mamíferos, 837 de aves, 1.200 de peixes, 180 de répteis e 150 de anfíbios.

O Distrito Federal é ocupado totalmente pelo Cerrado, segundo maior bioma da América do Sul, e concentra as nascentes das três maiores bacias dessa parte continente. A região é conhecida como a Savana mais rica do mundo.

Foi pensando na valorização de toda essa riqueza que a pesquisadora da Universidade Católica de Brasília Morgana Bruno idealizou o projeto de pesquisa “Divulgação científica para conscientização ambiental e conservação da biodiversidade do Cerrado: por um diálogo acadêmico com a sociedade”. Ela buscou apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação do Distrito Federal (FAPDF) para, juto ao Museu Itinerante de História Natural (MIHN) da UCB desenvolver alternativas para levar o conhecimento e a importância da conservação do Cerrado para as escolas e aumentar a divulgação científica na região.

De forma dinâmica, interativa e prática, a equipe do projeto promoveu, no período de abril de 2017 a abril de 2019, palestras, oficinas, exposições, aulões e produziram materiais como cartilhas, jogos e livros que também estão disponíveis em Braille. Todos os materiais são distribuídos gratuitamente em escolas públicas de ensino médio do DF em forma digital e também estão disponíveis para download no site do MIHN. As instituições interessadas em receber exemplares físicos dos materiais podem entrar em contato com a equipe do projeto pelo e-mail museuihn@gmail.com.

De acordo com a coordenadora do projeto, o aprofundamento do conhecimento sobre esses temas promove a dinamização do ensino em suas práticas pedagógicas e incentiva os profissionais da educação a produzirem ou aprimorarem os materiais didáticos. “Além da disseminação de informações mais atuais sobre história natural, ecologia e biodiversidade do Cerrado, para a comunidade, tais atividades também auxiliam no aprimoramento da habilidade de escrita dos pesquisadores em formação, contribuindo para a maior produtividade intelectual e agregando textos publicados em seus currículos”, afirma Morgana Bruno.

A pesquisa também beneficia cursos de Ciências Biológicas, cursos técnicos de Meio Ambiente, workshops e cursos relacionados à Biologia evolutiva, sistemática filogenética, diversidade professores das redes pública e privada.

O estudo motiva dar maior suporte para atividades de pesquisa, extensão e divulgação científica no âmbito do Distrito Federal, particularmente por meio do Museu Itinerante de História Natural, no campus da Universidade Católica de Brasília (UCB). A equipe espera que a proposta possa um dia inserir novos projetos.

“Vemos a necessidade de que a sociedade conheça melhor a sua unicidade, para que possa entender a importância de se preservar sua biodiversidade, pois a maioria dos brasileiros não tem conhecimento acerca das relíquias biológicas e índices de endemismo presentes no Cerrado ,ainda que a necessidade de se conservar a diversidade biológica tenha se tornado um objetivo social amplamente conhecido, que se reflete em políticas internacionais, nacionais e locais, bem como em documentos, materiais didáticos e companhas na mídia”, complementa Morgana Bruno.

Todas as ações contaram com apoio da FAPDF, dos professores e alunos, que ajudaram na avaliação, elaboração das matérias, com suas experiências e resultados alcançados. “Os objetivos propostos foram alcançados e, apesar de todas as dificuldades, todos que conheceram os produtos resultantes do projeto puderam averiguar a excelência na realização das atividades propostas e dos materiais de divulgação científica produzidos. Resta a mim, como coordenadora, agradecer a oportunidade dada pela FAPDF de contribuir para a conservação do Cerrado e para o conhecimento de parte da população do Distrito Federal sobre esse bioma e sua importância no nosso bem-estar atual e futuro”, finaliza a cientista.


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